×

BRASIL SEGUE COMO ALVO DAS TARIFAS DE TRUMP, MESMO APÓS RECÚO PARCIAL DO GOVERNO AMERICANO

BRASIL SEGUE COMO ALVO DAS TARIFAS DE TRUMP, MESMO APÓS RECÚO PARCIAL DO GOVERNO AMERICANO

12 / 100 Pontuação de SEO

Um recuo que parece avanço: apesar da retirada de parte dos produtos agrícolas brasileiros da guerra tarifária, o Brasil segue entre os países mais atingidos e continua arcando com o peso de sobretaxas que prejudicam a indústria nacional.

Matéria exclusiva do portal ClicJa.com.br | Verificado 🔎 Google

O governo dos Estados Unidos flexibilizou apenas uma das sobretaxas impostas por Donald Trump, reduzindo a tarifa recíproca de 10%. Porém, a tarifa adicional de 40% — a mais pesada e decisiva — permanece ativa. O resultado: 73,8% de tudo que o Brasil exporta para os EUA continua sendo duramente taxado. É uma redução pequena diante do impacto total que permanece praticamente intacto.

Segundo nota técnica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), antes dessa revisão, 77,8% das exportações brasileiras estavam na lista de sobretaxas. Agora, a mudança representa pouco mais de 4 pontos percentuais — insuficiente para alterar o cenário para setores estratégicos como produtos químicos, maquinário industrial, partes automotivas e plásticos. Diversos itens permanecem com alíquotas que chegam a 40%.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) reforça que a medida favorece parcialmente o agronegócio, mas deixa a indústria à mercê de um ambiente hostil. Enquanto países bem posicionados geopoliticamente recebem alívios mais abrangentes, o Brasil segue atuando de forma reativa, sem estratégia clara e sem prioridade nas mesas de negociação.

Trump justificou o recuo sustentando que recebeu novas recomendações técnicas e atualizações de demanda interna americana. Entretanto, o interesse dos EUA em proteger sua própria indústria é evidente — e natural. O problema é que o Brasil, sob a atual política externa, não tem conseguido usar a diplomacia econômica para equilibrar a balança. Reuniões recentes entre Mauro Vieira e Marco Rubio em Washington avançaram pouco, evidenciando que falta força política e clareza estratégica ao governo brasileiro para defender seus interesses num cenário global competitivo.

O ponto central é simples: o Brasil perde espaço porque não demonstra firmeza, previsibilidade nem prioridade econômica. Enquanto isso, países que se posicionam com clareza ideológica e pragmatismo comercial avançam. A guerra tarifária está longe de acabar — e o Brasil continua entrando nela desarmado.

REFLITA E COMPARE:
– Por que o governo brasileiro aceita negociar sempre em posição de desvantagem?
– Até quando a indústria nacional será a principal sacrificada por falta de estratégia?
– Quem realmente se beneficia quando o Brasil abre mão de sua força econômica?

O Brasil precisa voltar a agir como protagonista, e não como figurante no cenário internacional. Para defender nossa economia, é preciso ter governo que compreenda que comércio exterior é guerra estratégica — e não reunião protocolar. O país só avançará quando deixar de lado alinhamentos ideológicos frágeis e passar a defender, de fato, seus interesses nacionais.

DEIXE SEU COMENTÁRIO: o que você acha que deveria ser cortado primeiro?
COMPARTILHE ESTA MATÉRIA E MARQUE SEUS AMIGOS NAS REDES SOCIAIS.
LEIA MAIS ANÁLISES EM clicja.com.br

FAQ

  1. Trump retirou todas as tarifas contra o Brasil?
    R: Não. Apenas a tarifa recíproca de 10% foi reduzida; a sobretaxa de 40% permanece.
  2. O agronegócio brasileiro foi beneficiado?
    R: Parcialmente — alguns itens agrícolas foram excluídos da lista, mas grande parte das exportações industriais segue onerada.
  3. Quais setores continuam mais afetados?
    R: Produtos químicos, plásticos, maquinário industrial e autopeças figuram entre os mais impactados.
  4. A reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio influenciou a decisão?
    R: Oficialmente não há confirmação de que a reunião tenha sido decisiva; o efeito prático para o Brasil foi limitado.
  5. O que o Brasil pode fazer agora?
    R: Adotar diplomacia econômica assertiva, defender acordos setoriais e priorizar medidas que aumentem competitividade e resistência da indústria.

Publicar comentário